quinta-feira, 11 de outubro de 2012

verdadeiro



Não me venhas com esse tom comedido e ilustrativo
quando te pergunto como estás.
Não sou tua mãe querendo saber o que fizeste no teu dia.
Nem teu chefe que quer saber se desempenhaste  bem tuas tarefas.

Sou uma mulher querendo saber da tua vida:
Das tuas lutas com teus fantasmas.
Das dores que não deixam marcas aparentes.
Das noites mal dormidas.
Das entrelinhas dos teus pedidos quando rezas.
Das fantasias que eu posso te causar.
Das tuas fraquezas, dos teus fracassos.

Não me venhas bancar o príncipe encantado,
Não sou do tipo que beija sapos.

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